Grupo dos 20 ou G-20
Chama-se Grupo dos 20, ou popularmente, G20 o fórum informal que reúne 19 países mais a União Europeia, e promove o debate construtivo entre países industrializados e emergentes sobre assuntos-chave relacionados à estabilidade econômica global, além de oportunidades de diálogo sobre políticas nacionais e cooperação internacional com as instituições econômico-financeiras internacionais.
O G-20 é um canal de apoio da arquitetura financeira internacional e, por isso mesmo, conta ainda com representantes do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Ao mesmo tempo, ele foi planejado como um canal deliberativo, que visa incentivar a formação de consenso sobre questões internacionais, tanto na área política como da economia financeira internacional.
A origem do grupo remonta a uma reunião ocorrida na França, em 1975, da qual participaram as seis maiores economias mundiais à época. O objetivo da reunião era estabelecer a cooperação entre seus participantes. Tal grupo ficou conhecido como G6. No ano seguinte, o Canadá adere ao grupo, que se torna o G7.
Os acontecimentos do final do século XX trouxeram enormes mudanças à realidade mundial, e o G7 se tornou um grupo obsoleto e considerado elitista. A Alemanha é unificada, e a União Soviética se dissolve; sua mais importante herdeira, a Rússia, inicia-se na economia de mercado e sua importância é reconhecida pelo G7, que acolhe o país no fim dos anos 90. O G7 é agora G8, que irá contar ainda com a representação da União Europeia.
Mas, os novos tempos exigiam o estabelecimento de maior cooperação com as economias emergentes. Em novembro de 2008 o presidente dos EUA, George W. Bush, convidou os líderes das vinte mais importantes economias para uma cimeira ocorrida em Washington, capital americana. A reunião pretendia ser uma resposta sólida para o rescaldo da crise financeira que teve origem nos Estados Unidos. Assim, o G8 é reformulado, formando, a partir de 2008, o G20.
Com o surgimento do G20, os integrantes do fórum passaram a se reunir duas vezes ao ano, sendo que um encontro compreende os ministros das finanças e presidentes do Banco Central de cada membro e o outro é dedicado aos chefes de estado.
O G-20 não tem pessoal permanente, como no caso de organizações internacionais como o FMI e o Banco Mundial. Sua presidência é anual e rotativa entre seus membros, sendo que o país presidente deve montar um secretariado provisório durante sua gestão. O Brasil foi presidente do G-20 em 2008. Em 2013, a presidência do Grupo foi entregue à Rússia, que por sua vez, passará a coordenação do G-20 à Austrália em 2014.
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