Bloqueio de Berlim
A Doutrina Truman inviabilizou o projeto de reunificação da Alemanha nos primeiros anos do pós-guerra. O Plano Marshall, visando reconstruir a economia de mercado nas zonas de ocupação das potências capitalistas, ameaçava desestabilizar o controle soviético do lado oriental do país.
A resposta soviética não demorou. Uma série de pequenos incidentes entre EUA e URSS, como bloqueio de abastecimentos e de trânsito entre as áreas de controle, serviu para acirrar ainda mais as rivalidades.
Na porção ocupada pelos exércitos inglês, francês e americano formou-se a República Federal Alemã. As reformas econômicas e a ajuda norte-americana propiciaram a reconstrução da economia alemã em bases capitalistas, permitindo que os grandes trustes alemães se recuperassem.
Após a ocupação da sua zona, o exército soviético, procedeu a normalização política, permitindo a formação de vários partidos, iniciando a reforma agrária e nacionalizando os grandes monopólios alemães. Mas o acirramento das disputas entre os antigos aliados levou a URSS a atuar no sentido de favorecer uma solução socialista para a sua zona de ocupação.
Berlim também foi divida em quatro zonas de ocupação após a guerra. Assim, mesmo se localizando na porção soviética, a cidade não poderia ser ocupada por nenhuma das potências vitoriosas. À medida que as relações entre os antigos aliados iam-se tornando tensas, a URSS pressionava para que o setor ocidental da cidade fosse abandonado pelas outras potências. Mas os soviéticos não conseguiram alcançar seu intento. Em 1961, os soviéticos construíram um muro dividindo a cidade, para impedir a evasão de mão de obra especializada da RDA (socialista) para a RFA (capitalista).
Rota dos aviões aliados que chegavam à Berlim bloqueada pelos soviéticos trazendo suprimentos
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