Blocos Econômicos
Verificou-se na última década do século XX uma aceleração na formação de acordos comerciais multilaterais, ao mesmo tempo que se consolidavam três grandes blocos econômicos
mundiais, sob hegemonia da União Européia, do Nafta e da Bacia do
Pacífico. Dentro desses blocos despontam três nações - Estados Unidos,
Alemanha e Japão - como superpotências dominantes.
O crescimento acelerado das
organizações econômicas internacionais e seu fluxo comercial crescente,
segundo os neoliberais, indicam que o mundo caminha rapidamente para
uma maior liberdade de movimentação de capitais, bens e pessoas. Em
verdade, não é bem o que ocorre. Essas organizações estão abrindo suas
fronteiras internas, numa aparente atitude liberal, mas fecham mais do
que nunca suas fronteiras externas. A União Européia e os Estados
Unidos, por exemplo, usam normalmente a prática de subsidiar a
agricultura, limitar os investimentos externos e impor cotas de
importação, o que é, em verdade, uma política protecionista sob comando
do Estado, e não a abertura que os neoliberais defendem.
Há controvérsias sobre o peso e a importância das organizações supranacionais no processo de globalização.
Muitos estudiosos apontam que a regionalização com a formação de
organizações supranacionais é uma tendência contrária à globalização.
Acreditam que os blocos econômicos formam espaços geográficos fechados,
dificultando a integração com o resto do mundo. Outros defendem que a
regionalização é um primeiro passo em direção à globalização. A
derrubada de fronteiras comerciais numa região, mesmo que pequena, é um
primeiro passo no sentido de organizar a economia para a
concorrência mais ampla, para uma futura inserção na economia
globalizada.
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