quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Blocos Econômicos

 Verificou-se na última década do século XX uma aceleração na formação de acordos comerciais multilaterais, ao mesmo tempo que se consolidavam três grandes blo­cos econômicos mundiais, sob hegemonia da União Européia, do Nafta e da Bacia do Pacífico. Dentro desses blocos despontam três nações - Estados Unidos, Alemanha e Japão - como superpotências dominantes.
O crescimento acelerado das organizações econômicas inter­nacionais e seu fluxo comercial crescente, segundo os neoliberais, indicam que o mundo cami­nha rapidamente para uma maior liberdade de movimentação de capitais, bens e pessoas. Em verdade, não é bem o que ocorre. Essas organizações estão abrindo suas fronteiras internas, numa aparente atitude liberal, mas fecham mais do que nunca suas fronteiras externas. A União Européia e os Estados Unidos, por exemplo, usam nor­malmente a prática de subsidiar a agricultura, limitar os investi­mentos externos e impor cotas de importação, o que é, em ver­dade, uma política protecionista sob comando do Estado, e não a abertura que os neoliberais defendem.
Há controvérsias sobre o peso e a importância das organiza­ções supranacionais no proces­so de globalização. Muitos estu­diosos apontam que a regionali­zação com a formação de orga­nizações supranacionais é uma tendência contrária à globaliza­ção. Acreditam que os blocos econômicos formam espaços geográficos fechados, dificul­tando a integração com o resto do mundo. Outros defendem que a regionalização é um pri­meiro passo em direção à globa­lização. A derrubada de frontei­ras comerciais numa região, mesmo que pequena, é um pri­meiro passo no sentido de orga­nizar a economia para a concor­rência mais ampla, para uma futura inserção na economia globalizada.

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