sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A produção agrícola na Região Sul


Após o século XIX houve um grande fluxo de imigrantes europeus, sobretudo, italianos, poloneses, alemães entre outras nacionalidades. Esses colonos receberam glebas de terra, onde desenvolveram principalmente as policulturas, a mão-de-obra usada era a familiar. Culturas com característica de clima subtropical como o trigo e a uva tinham como destino o abastecimento do mercado local.
Recentemente houve muitas mudanças na configuração do espaço agrário sulista, em diversos casos as policulturas deram lugar às monoculturas. A principal cultura responsável por esse processo é a soja. A produção deixou de ser destinada ao mercado regional para se tornar produtos de exportação. Além disso, as propriedades que anteriormente eram de pequeno e médio porte, tornaram-se grandes latifúndios, uma vez que grandes fazendeiros e empresas agrícolas compraram as glebas de terra dos descendentes dos colonos, promovendo assim a concentração fundiária na região. O trabalho deixou de ser predominantemente familiar para ser mecanizado.
Esse processo conduziu um elevado número de trabalhadores e ex-proprietários de terras a migrar em direção às cidades, promovendo assim o fenômeno migratório denominado de êxodo rural, sem contar o grande número de migrantes sulistas que foram para outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e o Norte, promovendo a expansão da fronteira agrícola do país.
Mesmo com os problemas apontados, a região Sul continua desempenhando um grande papel na produção agrícola, pelo menos 70% do trigo e da soja do Brasil são oriundos dessa parte do país, além da produção de uva que responde por 65% do que é produzido nacionalmente, incluindo cerca de 50% do milho e do arroz.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

 

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