quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A Caatinga


As características da fauna e flora da Caatinga

flora da Caatinga é caracterizada pela pouca incidência de chuvas na região, o que deixa as plantas com aspecto frágil. Elas geralmente possuem galhos retorcidos e raízes longas, para poder alcançar a água necessária no lençol freático, algumas usam de recursos como pouca ou nenhuma folhagem e espinhos para diminuir a transpiração e assim a perda de água. Os estratos presentes na Caatinga são três: Herbáceo, com plantas de altura inferior a 2 metros, Arbustivo, com plantas que vão de 2 a 5 metros e o Arbóreo com árvores que podem atingir de 8 a 12 metros de altura. As plantas presentes nas regiões de Caatinga possuem folhagem em tamanho pequeno e são xerófilas, ou seja, estão adaptadas ao ambiente quente e com pouca água, algumas plantas quase não possuem folhas.fauna da Caatinga, ao contrário do que muitos pensam, é bastante rica e possui espécies variadas como o veado-catingueiro, preá, gambá, asa branca, arara azul (inclusive ameaçada de extinção), cutia, entre outras como cachorro do mato, insetos, aracnídeos e roedores diversos. São cerca de 45 espécies diferentes de serpentes, 44 espécies de anuros (sapos e rãs),  47 de lagartos sendo 7 deanfíbios e 4 espécies de quelônios (família das tartarugas).Na Caatinga ainda podemos encontrar os brejos, que são como os famosos oásis do deserto, áreas ricas em nutrientes mesmo em época de seca e que são muito propícias à prática da agricultura e à subsistência de espécies variadas de animais. Uma curiosidade sobre a Caatinga é o seu nome, que vem do tupi guarani Caa: Mata e Tinga: Branca, Mata Branca, devido à sua constante ausência de verde.

Caatinga é o único ecossistema tipicamente brasileiro e pode ser encontrado em regiões de clima semiárido com baixíssimas incidências de chuva, o que caracteriza a aparência de sua vegetação. Ela ocupa cerca de 10 % do território brasileiro e pode ser encontrada nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e também na área norte de Minas Gerais.

As tentativas de impulsionar o desenvolvimento nas regiões do bioma são vistas desde a época imperial, mas devido à alta temperatura e pouco volume pluviométrico nas regiões de Caatinga, o solo torna-se fraco e impróprio para o plantio fazendo com que seus habitantes tenham que conviver com a estiagem frequente, contudo, projetos de irrigação artificial têm beneficiado parte dos agricultores, garantindo assim a sustentação das famílias e o comércio na região.

Devido às ações do homem, com exemplo da época da colonização do Brasil onde grande parte do território da Caatinga foi utilizado para a monocultura de cana-de-açúcar, cerca de 80 % de sua cobertura original foi alterada, e atualmente apenas 1 % da mesma é protegido por centros de conservação que combatem à exploração de seus recursos naturais em vista de preservar o bioma. Com a tentativa de favorecer o processo de irrigação, foram criados açudes artificiais, contudo esta prática acabou levando à salinização do solo e hoje cerca de 40 mil quilômetros quadrados da Caatinga já foram desertificados.

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