terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Monte Everest



Monte Everest é uma montanha onde se encontra o ponto mais alto do mundo, com 8.848 metros de altura em relação ao nível do mar. Porém, ele não é a maior montanha do planeta quando tomada a distância do seu topo em relação ao centro da Terra, título que pertence ao Monte Chimborazo, localizado no Equador. O Everest encontra-se na Cordilheira do Himalaia, uma cadeia de montanhas localizada na fronteira da China com o Nepal e que se estende por Índia, Butão e Paquistão.


O nome Everest foi dado à montanha em 1866, antes disso ela era conhecida como Pico XV. No ano anterior, descobriu-se a sua altitude e o governador da Índia colonial britânica atribuiu esse nome em homenagem a Sir George Everest, topógrafo geral da Índia. Posteriormente, a Sociedade Real de Geografia da Inglaterra ratificou a denominação oficial. No entanto, no Nepal, o seu nome é Sgarmatha, que significa “deusa do céu”, e, no Tibete, recebe o título deChomolungman, que quer dizer “mãe do universo”.


O surgimento do Everest, assim como o de toda Cordilheira do Himalaia, está atrelado ao movimento das placas tectônicas, nesse caso, ao choque das placas Asiática e Indiana. Como a placa Indiana – por ser do tipo continental – é mais grossa e pesada, ela afunda sob a placa asiática. Esse fenômeno foi responsável pela formação da cadeia de montanhas onde se encontra o pico mais alto do mundo. Como esse choque segue em curso, o Everest eleva-se cerca de quatro milímetros a cada ano.
Após a descoberta de que esse monte era o ponto mais alto do planeta, inúmeros alpinistas sentiram-se tentados a escalá-lo. Dessa forma, após muitas tentativas e algumas mortes, o neozelandês Edmund Hillary e o nepalês Tenzing Norgay conseguiram finalmente alcançar o cume, fato que foi repetido algumas outras vezes posteriormente.
Com as sucessivas conquistas do topo do Everest, a montanha tornou-se um dos mais famosos pontos turísticos do mundo. Cerca de 25 mil turistas visitam o local todos os anos, a maioria composta por alpinistas que tentam escalar ao menos uma parte desse imenso paredão. Apesar de isso ser considerado positivo para a economia regional, tal atividade vem causando alguns danos ambientais para o pico.
Isso porque boa parte da vegetação ao redor do monte foi removida, principalmente para a produção de lenha. Além disso, é deixada uma grande quantidade de lixo na localidade, que conta com um ecossistema muito frágil, algo comum em regiões alpinas.
Em 2011, um projeto coordenado por um grupo de alpinistas removeu cerca de oito toneladas de lixo da montanha. A ação, denominada de “Salve o Everest”, foi responsável por escalar 8.700 metros da montanha e remover todo o tipo de resíduo encontrado, a maior parte composta por materiais utilizados nas escaladas e restos de alimentos e acampamentos. Desde 1996, há uma lei na região que obriga todos os esportistas a recolherem todo o lixo que produzirem, sob pena de pagamento de mais de quatro mil dólares em multa.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia






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