O Fórum Econômico Mundial (FEM) é uma organização internacional localizada em Genebra (Suíça), responsável pela organização de encontros anuais com a participação e colaboração das maiores e principais empresas do mundo. Os encontros são realizados, em sua maioria, na cidade suíça de Davos e, em razão disso, também são conhecidos como Fórum de Davos. Foi criado em 1971 com o nome de Fórum Europeu de Gerenciamento.
Segundo os próprios organizadores, o principal objetivo do Fórum Econômico Mundial é “melhorar a situação do mundo”, através de ações tomadas e executadas por líderes mundiais, grandes economistas, investidores e empresários. Os membros componentes do FEM preconizam a irreversibilidade da globalização, de forma que é preciso estudar e compreender os seus impactos sobre o mundo, de forma a minimizar os efeitos negativos e potencializar os seus pontos positivos.
O Fórum de Davos já foi diversas vezes utilizado como plataforma neutra para estabelecimento de relações diplomáticas e realização de pactos e acordos. Um dos acontecimentos mais marcantes foi o encontro entre Nelson Mandela e o então presidente da África do Sul e inimigo Frederik Willem de Klerk.
Nelson Mandela e Frederik Klerk no Fórum Econômico Mundial em 1992¹
Entretanto, desde o final do século XX e início do século XXI, as críticas sobre o FEM vêm aumentando significativamente por ativistas e militantes de movimentos de esquerda e antiglobalização. A oposição contra o Fórum de Davos se ampliou após a realização do I Fórum Social Mundial, em 2001, na cidade de Porto Alegre.
Entres as principais críticas estão as acusações de que o Fórum Econômico Mundial, por considerar a Globalização como irreversível e incentivar o progresso econômico, contribui para a ampliação da miséria e pobreza no mundo, bem como para a agressão ao meio ambiente, uma vez que a economia de mercado e a Globalização seriam responsáveis por tais questões.
Além da realização do Fórum Social Mundial, muitos protestos marcaram a realização do FEM. Em 2003, a onda de protestos chegou a quebrar uma janela de uma lanchonete do Mcdonalds, o que fez com que os organizadores reforçassem a segurança do encontro e estabelecessem um grande perímetro de proteção e isolamento. Os altos gastos com a segurança também são alvos de profundas críticas.
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Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
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