quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Região Sudeste: Paisagens Intensamente Transformadas



No passado a região sudeste ocupava áreas de diversos tipos de vegetação como cerrado, caatinga, vegetação litorânea, campos de altitude e araucária. A mata atlântica atingia cerca de 500 km de toda costa brasileira, hoje restam aproximadamente 5% de áreas preservadas.
Os motivos que levaram à devastação foram os agentes de interesse econômico tal como a agricultura com a produção monocultora comercial de café, cana-de-açúcar entre outras, indústrias que surgiram após a Segunda Guerra Mundial no Brasil, mineração que serviu para o crescimento da região e do país e abastecimento das indústrias de matéria-prima e a ocupação urbana que se apoderou de extensas áreas e que muitas vezes não levaram em conta os fatores ambientais no início de sua formação, todos esses causaram sérios problemas de ordem ambiental ao longo de décadas, e dessa forma deixou uma herança de destruição e perdas naturais, muitas delas irreversíveis.
Hoje as poucas áreas preservadas se encontram em regiões com predominância de relevo com grande incidência de aclives e declives, ou seja, terreno acidentado, como por exemplo, a Serra do Mar e Serra da Mantiqueira.
A quantidade restrita de florestas da Mata Atlântica coloca em risco uma série de animais endêmicos (animais que são encontrados em apenas um lugar no mundo, e dessa forma não se adaptam a ambientes diferentes), faz-se necessário a busca da preservação permanente das florestas remanescentes, para a conservação da rica fauna e flora.
A poluição dos ambientes urbanos
A região sudeste é densamente povoada, abriga as sete maiores metrópoles brasileiras, são elas: São Paulo com uma população estimada de 17,8 milhões, Rio de Janeiro com 10,8 milhões, Belo Horizonte 4,8 milhões, Campinas 2,3 milhões, Vitória e Baixada Santista ambas com 1,4 milhões e em Minas, o Vale do Aço com 560 mil.
A imensa concentração de pessoas provocam poluição no solo, água e ar. A poluição do solo ocorre principalmente nos lixões, que além de poluir o solo atinge também o lençol freático, a água é poluída através de esgotos sem tratamento, resíduos de produtos químicos descartados pela indústria e o ar que sofre alterações provenientes da emissão de gases de veículos com combustíveis fósseis (carros, ônibus e caminhões) e emitidos também por atividades industriais. Os diversos tipos de poluição podem provocar doenças como a hepatite, leptospirose e doenças respiratórias, comuns nos períodos de baixa umidade, dentre outras.
Os grandes centros urbanos da região sudeste convivem com outros inconvenientes, é o caso das enchentes e deslizamentos de terra. As enchentes ocorrem geralmente na primavera e verão, ambos são períodos predominantemente chuvosos, às vezes devido à torrencialidade, um único dia de chuva vale mais que um inverno inteiro.
Os principais agentes das enchentes são a impermeabilização do solo, por causa das construções (asfaltos, calçadas, edificações) e a falta de áreas verdes que permitem a absorção da água da chuva pelo solo. No caso dos deslizamentos as causas estão ligadas à falta de vegetação e a ocupação urbana em locais com relevos impróprios, como não existe cobertura vegetal para reter a água, o solo absorve até um nível de saturação é nesse momento que ocorre o deslizamento, pois a terra não consegue suportar e se rompe.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia










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