segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Explosão Demográfica


Entende-se por explosão demográfica o crescimento elevado da população do mundo ou de um determinado território ou região. Pode ser causada por diferentes motivos, variando conforme o período histórico e as diferentes localidades.
Há dois mil anos, estima-se que o número de habitantes na Terra não fosse superior a 250 milhões de pessoas. Em 1650, o número alcançou 500 milhões. Em 1850, o planeta atingiu, finalmente, a casa de 1 bilhão de pessoas; em 1950, 2,5 bilhões; em 1987, 5 bilhões e, em 2010, quase 7 bilhões de pessoas.
Fazendo uma rápida leitura desses dados é possível perceber que a população mundial levou mais de 1600 anos para dobrar o seu tamanho e, depois, mais 200 anos para dobrar novamente. Posteriormente, o planeta continuou um crescimento elevado da sua população, principalmente quando saltou de 2,5 bilhões para 5 bilhões em apenas 37 anos. Por esse crescimento populacional extremamente rápido e elevado, foi criada, nos anos 1980, a expressão “explosão demográfica”.
Com isso, observou-se certo alarmismo por parte de alguns governos, dos analistas e da população. A principal preocupação se referia à disponibilidade de espaços e recursos para abrigar toda essa massa de pessoas, bem como os impactos ambientais causados pelo “excesso de gente” no mundo. Entretanto, esse alarmismo demonstrou-se desnecessário.
O que se percebe, atualmente, é uma redução no aumento do número de habitantes no planeta. Por isso, muitos autores não utilizam mais o termo “explosão demográfica” para definir o alto crescimento da população ao longo do século XX, mas o termo “transição demográfica”, pois esse foi um período em que a queda nas taxas de mortalidade não foi acompanhada pela queda nas taxas de natalidade, o que só está ocorrendo agora.
Esse alto índice de crescimento da população nos últimos dois séculos deveu-se principalmente aos processos de Revoluções Industriais. Com isso, a maior parte da população passou a morar nas cidades, o que colaborou para esse crescimento do número de pessoas.
Contudo, em um primeiro momento, a maior parte das populações das cidades em países desenvolvidos vivia em condições precárias, o que contribuía para os elevados índices de taxas de mortalidade. Como a redução dessa mortalidade só veio a ocorrer no século XX, observou-se então um aumento sem precedentes da população, o que pode ser considerado como algo momentâneo. Vale lembrar que esse mesmo processo está em ocorrência nos países subdesenvolvidos, de forma tardia.
Estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas) apontam que, em 2050, a população mundial atingirá 9,2 bilhões de pessoas, um crescimento pouco maior que 30% em relação a 2010. Ou seja, considerando que a população dobrou (cresceu 100%) em 37 anos durante o século 20, percebe-se que a tendência agora não é mais a mesma.
Mesmo com o crescimento menor da população nos próximos anos, ainda existe certo alarmismo no que diz respeito à disponibilidade de recursos e condições para a manutenção desse contingente de pessoas. Entretanto, é preciso observar que os avanços tecnológicos continuam acontecendo e, principalmente, que o grande problema dos casos de fome e falta de recursos no mundo não está na quantidade de riquezas disponíveis, e sim na sua má distribuição.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia










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