quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Água 01


De onde vêm a água?



São Paulo vive a maior crise hídrica da sua história. Mais de 60 municípios enfrentam a falta de água e o racionamento já atinge milhões de pessoas. Reservatórios e rios encontram-se em níveis críticos nas bacias do Rio Tietê e Rio Piracicaba e as previsões climáticas para os próximos meses não são animadoras.


O caminho que nos trouxe até aqui pode ser resumido em quatro fatores: gestão com foco na oferta de fontes inesgotáveis de água; desmatamento e poluição das fontes de água em quase todo o estado; evento climático extremo e déficit de chuvas, em especial no Sistema Cantareira; ausência de participação e transparência. O fator “eleições” agravou mais ainda a situação e contribuiu para que medidas impopulares, como multa e racionamento, não fossem tomadas.


Reconhecendo a gravidade e complexidade da crise da água em São Paulo, o Instituto Socioambiental retoma suas ações com os mananciais da região, paralisadas desde 2009 por conta da falta de recursos financeiros . Por meio do projeto Água@SP, pretendemos: promover e divulgar informações sobre o tema; e articular e fortalecer a rede de organizações e atores comprometidos com o tema.


Entre agosto e setembro deste ano, o ISA, em parceria com o Cidade Democrática e apoio de várias organizações, promoveu mapeamento de propostas para a água de São Paulo, que contou com a adesão de mais de 280 especialistas de 60 municípios que propuseram 196 ações de curto prazo e 191 de longo de prazo, além de apontarem mais de 300 iniciativas inspiradoras para a gestão da água em São Paulo. Os resultados do mapeamento serão lançados até o final de outubro e adensados ao longo de 2014.


Em parceria com InfoAmazônia, o ISA promoveu, em setembro de 2014, a discussão sobre o acesso à informação sobre a água de São Paulo, e iniciou a atualização da ferramenta “De onde vem água que você bebe em SP?”, que permite, por meio de consulta de CEP, identificar qual manancial abastece determinada localidade. Nos próximos dias, a ferramenta trará também informações sobre consumo e perdas de águas nos diferentes municípios do estado.

 






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