terça-feira, 17 de março de 2015

Guerra Fria I



A Guerra Fria se caracterizou por uma guerra ideológica com conflitos indiretos entre os EUA e a URSS, grandes potências da época que disputavam a soberania mundial através de uma grande corrida tecnológica e armamentista, que inclui o aumento da produção de bombas atômicas, o desenvolvimento da indústria aeroespacial, e a consequente ameaça de uma possível guerra entre ambas cujo medo incluía o equilíbrio do terror diante do poder destrutivo de ambos os países.
O artigo desta postagem busca analisar os conflitos indiretos em que ambas as potências estiveram envolvidas, buscando não apenas a utilização da indústria de guerra, como também manter alianças e consagrar o domínio ideológico na área em questão. 
A proximidade da URSS com a Ásia determinou uma influência forte do comunismo sob os movimentos nacionalistas contra o imperialismo ocidental (norte americano e inglês), culminando em revoluções comunistas, que acabaram por solidificar a hegemonia soviética no continente asiático. Posteriormente, com a Revolução Chinesa, a China iniciou ações de disputa com URSS por áreas de influência na Ásia, marcando presença e apoiando o comunismo na Guerra da Coréia, como forma de consolidar autonomia de seu regime político.
Apesar da grande ameaça de Guerra, após a morte de Stalin em 1953 e a entrada de Nikita Kruschshov como líder do partido comunista soviético, a caixa preta da ditadura stalinista foi aberta durante XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, onde em um discurso foram reveladas as perseguições, a tortura, os campos de concentração aos opositores, inclusive ao próprio partido comunista, o que determinou uma cisão entre as diferentes visões e ações dos comunistas em nível internacional, e na URSS teve inicio o processo de desestalinização.
A crise interna soviética somou-se a um processo que incluíra no contexto de Guerra Fria acordos entre URSS e EUA de redução da produção de armas nucleares, além de uma relação direta entre ambos os líderes a partir da década de 1960, como o telefone vermelho, para evitar possíveis conflitos entre as duas potências mundiais. Neste período a Guerra Fria assume um processo de distensão denominado Coexistência Pacífica cujos rumos levarão a degradação da URSS e a consequente abertura política e a consolidação do capitalismo como sistema econômico mundial.

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