Índice de Desenvolvimento Humano- IDH
“O propósito básico do desenvolvimento é ampliar as escolhas das pessoas, criando um ambiente capacitante para que elas gozem uma vida longa, saudável e criativa. Por isso, o avanço de uma população não pode ser medido apenas pela sua dimensão econômica, mas também por suas características sociais, culturais e políticas". Partindo deste princípio os economistas Mahbub ul Haq, do Paquistão, e Amartya Sen, indiano ganhador do Premio Nobel de Economia de 1998, criaram, em 1990, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Trata-se de um indicador que oferece um contraponto ao Produto Interno Bruto per capita, indicador que presume haver um elo entre o crescimento econômico nacional e a expansão das opções humanas de um indivíduo. O PIB per capita leva em conta apenas o desenvolvimento econômico de um país.
Para chegar ao IDH, os dois economistas elaboraram uma fórmula que leva em conta três elementos de igual importância:
- renda (o PIB per capita corrigido pelo poder de compra de dólar de cada país)
- longevidade (expectativa de vida ao nascer)
- educação (índice de analfabetismo e taxa de matrícula em todos os níveis de ensino)
Cada um desses elementos é composto de fatores que colaboram com o índice de cada um. Entra na cota da longevidade, por exemplo, a segurança humana, composta, entre outros fatores, das estatísticas sobre crimes, fome e ameaças à segurança provocadas pelo desemprego repentino. Na cota de educação, entram o nível de conhecimento e a eficiência dos recursos disponíveis para a população (leia o texto da página sobre a metodologia do IDH). O resultado desse levantamento - o Relatório do Desenvolvimento Humano (RDH) - é publicado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).O primeiro RDH foi publicado em 1990, mas o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975, possibilitando uma visão mais abrangente da evolução de cada nação no desenvolvimento humano desde a década de 70. O IDH é uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Ele não abrange todos os aspectos econômicos do desenvolvimento e serve somente para apontar em que setores um país deve reunir esforços para melhorar o bem-estar e a prosperidade de seus habitantes. Com o passar dos anos, o indicador do desenvolvimento humano acabou se tornando uma referência mundial.Foi nele, por exemplo, que as Nações Unidas se basearam para estabelecer os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. E é nele que governos estaduais e municipais se fiam para montar o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), uma versão do IDH para os 26 Estados e 5.507 municípios do país.Os Objetivos do Milênio é um conjunto de oito metas de desenvolvimento que os 192 países-membros da ONU se comprometeram a cumprir até 2015. Elas são:
- Erradicar a extrema pobreza e a fome
- Atingir o ensino básico universal
- Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
- Reduzir a mortalidade infantil
- Melhorar a saúde materna
- Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças
- Garantir a sustentabilidade ambiental
- Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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