quarta-feira, 29 de abril de 2015

Análise de diferentes mapas do Brasil


Cada mapa possui recursos gráficos distintos, que devem ser levados em conta para sua interpretação. A escolha de uma determinada projeção, uma escala e uma métrica (elementos que fazem parte do que se chama de fundo de mapa), vai de acordo com sua semiologia, ou seja, com o significado que se deseja passar com aquela imagem.A reflexão sobre essa representação é fundamental no ensino da cartografia para que o mapa seja aproveitado na sua totalidade. E uma das maiores dificuldades é a reprodução das dinâmicas presentes no espaço: como pode um mapa, que faz um recorte de um momento no tempo e de uma porção do espaço, expressar variações no tempo ou movimentos no espaço?Um exemplo de mapa que traz uma solução para expressar as variações no tempo foi produzido pelo geógrafo Hervé Théry, para a revista francesa Mappemonde. Em "Evolução da produção de soja de 1977 a 2002", é mostrado o deslocamento da produção de soja no Brasil por mais de 2 000 quilômetros para o norte do país em 30 anos. Observe a sucessão dos mapas quantitativos, na qual a variação do tamanho expressa a relação de proporcionalidade entre os diversos municípios produtores de soja. A sequência traz a dinâmica do fenômeno representado: locais de aumento e de diminuição de produção e a construção visual dos eixos de expansão da soja.Evolução da produção de soja no Brasil entre 1977 e 2002


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