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terça-feira, 30 de setembro de 2014
Evento sobre o rio Tietê- Noticia em site
O Rio Tietê é alternativa de água para São Paulo? Os especialistas que participaram da mesa-redonda realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica no dia 18 de setembro acreditam que sim.
Para Aristides Almeida Rocha, doutor em Ciências Biológicas e professor Emérito da Faculdade de Saúde Pública da USP, é viável usar a água do Tietê com a tecnologia existente hoje, desde que se tenha um bom projeto, elaborado por engenheiros, e vontade política.
Samuel Barreto, diretor do Movimento Água para São Paulo da The Nature Conservancy (TNC), concorda. “Dependendo da crise hídrica esse processo vai ocorrer mais cedo. Existe tecnologia, mas temos de mudar o modelo, recuperar o rio e as áreas produtoras de água, o que tem impacto direto na qualidade e quantidade de água”, afirma. Segundo ele, São Paulo tem uma oportunidade muito grande pela frente. “Precisamos unir os esforços de governos, sociedade civil e empresas privadas”, disse.
Renato Tagnin, arquiteto e urbanista, professor e pesquisador do Centro Universitário Senac, ressaltou que nós já bebemos água do Tietê. Para ele, é importante que se tenha uma grande mudança, e que seja rápida. “Não sei quanto podemos esperar. Precisamos de mais especialistas, mais atores sociais, a questão requer muito mais do que especialista em canos”, afirmou.
Marcelo Morgado, engenheiro químico e ex-assessor de meio ambiente da Sabesp, defendeu maior uso de água de reuso e indagou: “Por quê usar água potável para lavar caminhão de lixo?”. Segundo ele, foi usada água de reuso na construção do estádio Itaquerão. Ele disse que o país ainda tem muitos desafios, como combater as perdas de água e reduzir o consumo por habitante. A média brasileira é de 167 litros de água por dia, por pessoa. No Sudeste, porém, esse número sobe para 194 litros. “A ONU recomenda 110 litros por pessoa”, informou.
Mauro Arce, secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, opinou que o “não podemos deixar de usar a água do Tietê”. “Itu não usa água do Tietê porque ainda não tem condições. Vai ter de decretar calamidade pública por falta de água e o rio está passando lá”, disse. Ele reforçou que a possibilidade de reuso é muito grande. “Para se manter os trens do metrô limpos, por exemplo, usa-se água de reuso”, afirmou.
Para ele, um dos desafios é a questão da poluição difusa. “Qualquer coisa que jogar na Avenida Paulista vai parar no Tietê.”
A mediadora do debate foi Paulina Chamorro, editora e apresentadora das rádios Eldorado e Estadão.
Antes de iniciar a mesa-redonda, Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas, mostrou os dados do monitoramento da qualidade da água do Tietê, realizado por 95 grupos voluntários da SOS Mata Atlântica. A mancha de poluição reduziu de 243 km em 2010 para 71 km neste ano. Confira aqui a apresentação.
- See more at: http://www.sosma.org.br/90325/possibilidades-de-uso-rio-tiete/#sthash.YxZnF0NO.dpufTrabalho de Pesquisa- Aterro Sanitária- Natan Lima K. Gonçalves
NOME: Natan Lima Kowal Gonçalves SÉRIE: 7ª A NUMERO: 32
O QUE É UM ATERRO SANITÁRIO ?
Aterro sanitário é um local destinado à deposição final
de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos
domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, e
também resíduos sólidos retirados do esgoto.
COMO É UM ATERRO SANITÁRIO ?
A base do aterro sanitário
deve ser constituída por um sistema de drenagem de chorume acima de uma camada
impermeável de polietileno de alta densidade - P.E.A.D., sobre uma camada de
solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo,
evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado
e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição ao
meio ambiente.Seu interior deve possuir um
sistema de drenagem de gases que possibilite a coleta do biogás, que é
constituído por metano, gás carbônico(CO2) e água (vapor), entre
outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser
queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou
aproveitados para geração de energia. No caso de países em desenvolvimento,
como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como recompensa financeira a
compensação por créditos de carbono ou CERs do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo,
conforme previsto no Protocolo de Quioto.
Sua cobertura é constituída
por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não permita a infiltração de
águas de chuva para o interior do aterro. No Brasil, usa-se normalmente uma
camada de argila compactada.
Um aterro sanitário deve
também possuir um sistema de monitoramento ambiental (topográfico e
hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais. Para aterros que recebem
resíduos de populações acima de 30 mil habitantes é desejável também muro ou
cerca limítrofe, sistema de controle de entrada de resíduos (ex. balança
rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo, oficina e borracharia.
Quando atinge o limite de
capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de um processo de monitorização
especifico, e se reunidas as condições, pode albergar um espaço verde ou mesmo
um parque de lazer, eliminando assim o efeito estético negativo.
Existem critérios de distância
mínima de um aterro sanitário e um curso de água, uma região populosa e assim
por diante. No Brasil, recomenda-se que a distância mínima de um aterro
sanitário para um curso de água deve ser de 200m.
No Brasil, um aterro sanitário é definido como um aterro
de resíduos sólidos urbanos, ou seja, adequado para a recepção de resíduos de
origem doméstica, varrição de vias públicas e comércios. Os resíduos
industriais devem ser destinados a aterro de resíduos sólidos perigoso e
industriais (enquadrado como classe II quando não não inerte e classe I quando
tratar-se de resíduo perigoso, de acordo com a norma técnica da ABNT 10.004/04
- "Resíduos Sólidos - Classificação").
O Brasil ainda destina grande parte do lixo de forma incorreta. Dados da
Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais)
mostram que cerca de 1.600 municípios brasileiros destinam
seus resíduos em lixões. A maior parte deles, 855, está localizada no Nordeste.
O IBGE afirma que a região, junto com o Norte do país, leva mais de 80% dos
seus resíduos para lixões. Todas as regiões, no entanto, vivem o problema. A
Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010, prevê a extinção
dos lixões no Brasil até 2014.
Os dados Abrelpe também mostram que estamos produzindo mais lixo. Em
2010, a geração de resíduos sólidos urbanos cresceu 6,8% em
relação a 2009. Junto a isso, os números do IBGE não são tão animadores: apenas
27,7% dos resíduos no Brasil vão, de fato, para aterros sanitários. Mas qual é
a diferença entre lixão e aterro sanitário?
O lixão é um grande espaço destinado apenas a receber
lixo. Isso significa que nada é planejado para “abrigar” os resíduos de forma
menos agressiva ao meio ambiente. Não há tratamento para o chorume, líquido
liberado pelo lixo, que contamina o solo e a água. Por lá, não é difícil
encontrar ratos e insetos circulando livremente. Os resíduos ficam,
literalmente, a céu aberto.
Já no aterro sanitário, o lixo é depositado em local
impermeabilizado por uma base de argila e lona plástica, o que impede o
vazamento de chorume para o subsolo. Diariamente, o material é aterrado com
equipamentos específicos para este fim. Existem, também, tubulações que captam
o metano, gás liberado pela decomposição de matéria orgânica e que pode ser
usado para gerar energia.
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